OS QUATRO ELEMENTOS

“OS QUATRO ELEMENTOS” Segundo Empédocles - (POESIA)

AUTOR: Paulo Roberto Giesteira

TERRA

Lugar onde vivemos, sobrevivemos e existimos,

Daqueles estranhos ou irmãos e irmãs, primas e primos,

Amizades, convívios e intimidades ligados como diversas superfícies ao seu limo.

Ao se levantar quando algo ou alguma coisa de surpreendente que conseguimos,

Ou, ao se despedaçar em algum local quando acidentalmente caímos.

Neste mesmo local por onde se pisa pelos pedestais em que resistimos,

Daqueles que de longe retornam pelas recordações

que a envolvem quando de qualquer lugar partimos.

Pelo que somos ou pela causa com que algo registra valores,

sobre algo muito maior pelo que existimos.

Por tudo que sentimos,

Pela alegria ou tristeza em seu desalinho,

por tudo aquilo que de real ou irreal abarca encalce de cada ninho.

Ou pelo que servimos...

Seguindo as horas pelas badaladas pontuais de vários sinos.

Valendo pelo que somos, temos ou possuímos.

Local das marchas ritmadas pelos seus hinos,

Por alguns orifícios cerceados pelos diâmetros de seus pinos.

No acontecer das causas que são ocasionadas pelas imagens que vimos ou que não vimos.

Andando as passeatas, marchas ou caminhadas; intervenções por cada tino.

Pela sua superfície relacionada a cada ser como itinerário de cada destino.

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“MAR”

Local pra apropriado pra navegar,

Ou mesmo pra feliz viajar,

Dos cruzeiros das orlas pra passear,

Ou mesmo perdido a esmo na busca a se encontrar.

Dos cais pra longe a se distanciar,

Do amor de quem vem de longe pra alguém visitar,

De toda a saudade que esta pra ocioso se matar.

Dos peixes que estão prontos pra nadar,

Do seco que está pra se molhar,

Das vontades que estão loucas pro orgasmo a se saciar.

Do vento que vem pra resfriar ou pra refrescar,

Enamorados estipulam os locais e horários pra se encontrar.

Da gestante a engravidar,

Ou das plumas que no vento estão a levitar,

Do amor pra quem está pronto pra amar,

Dos faróis que fazem dos caminhos um rumo a se direcionar.

Dos ventos das velas que fazem a movimentar,

Pelo seco de quem está preste a se molhar.

Oceanos, mares, lagos e lagoas são partes de um composto

que complementam o mar.

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“FOGO”

Chamas que incendeiam qualquer coisa,

E que quando na pele a qualquer substância queimam,

Da centelha a qualquer moita,

Por um estopim que surge a uma insignificante centelha.

Do inferno por lugar da condenação por uma casa não coberta com telha,

Dos lobos vorazes as inocentes ovelhas,

Das ferradas pelos ferrões das mais peçonhentas abelhas.

Do clamor das emoções,

Do calor das desenfreadas paixões,

Dos sedentos ao fervor de suas obsessões.

Do amor a despertar outras tentações.

Do fogo a queimar aquele que carrega a chama pra obstinação,

Do certo pra que chegue a hora de sua salvação.

Daquilo que queima e a tudo incendeia,

Dos aracnídeos a tecer o seu lar e armadilha em suas teias,

Ou pelo sangue que em qualquer um circula pelas veias.

Daquela chama a iluminar uma qualquer ceia,

Do fogo a queimar tudo aquilo de encandeia.

Da alta temperatura a aquecer tudo sobre a sua cadeia,

Do inferno a prescindir do fogo a chama que queima,

Por tudo aquilo que de condenação serve de adoração,

Ou de rejeição a ira de quem a tudo exonerado a odeia.

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“AR”

Das asas que servem pra qualquer um voar,

Ou mesmo de leve pra uma pluma ou espuma plainar.

Pelo vento que se tem pra respirar,

Da poluição a infestar,

Ou da pureza a invisibilidade de branquear.

Das árvores com os seus filtros a purificar,

Dos seus frutos, flores e folhas a acobertar.

Dos matos a refrescar,

Pelas sombras que servem pra descansar,

Ou pra enfim namorar.

Do supra-sumo do ar a se respirar,

Das águas que servem pra matar a sede e depois refrescar.

Deste mesmo ar dos sonhos daqueles que estão por se realizar.

Multidões caminham rumando pra qualquer lugar,

Pra perto das direções alegres a se aproximar.

Muitos respiram o perfume daquilo que está a perfumar.

Daqueles que com seus assuntos encontram pra conversar,

Pelas asas que servem de instrumento prazeroso pra a qualquer instante voar.

OBS: Este poema foi criado sobre a classificação dos 04 elementos estudados por Empédocles, magnífico pesquisador grego, que levantou diversas teorias sobre os assuntos cosmogênicos referentes a estes complementos da terra.

*Empédocles: 490 a.c. à 430 a.c. Foi este filósofo, pensador e médico, Agrigento duma região da Sicília, que viveu antes da era de Sócrates, na Grécia antiga, quem criou os importantes estudos sobre os quatros elementos que compõe o nosso globo terrestre como: Ar, fogo, terra e água.

Paulo Roberto Giesteira
Enviado por Paulo Roberto Giesteira em 22/10/2015
Reeditado em 29/04/2017
Código do texto: T5423024
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