TRISTE fim do INGAZEIRO

Dobrado sobre as margens

Dessas águas correntes,

Vejo continuamente

As minhas folhas,

Galhos, espinhos,

Rodopiando em

Redemoinhos.

Deslizantes,

Circulantes

Metades

Que se

vão.

Passam em ritmo frenético,

Para nunca mais voltar.

Seguem o caminho,

Dos lagos e rios,

Riachos e mar.

Representado

Pela perda,

Segue a

Baga.

Ingá!

Por aqui tudo esvai-se.

Sem a menor chance,

O tempo marrudo

É dono de tudo:

Das sementes

Dos troncos,

Do vazio,

De mim.

Nãão!

Sim!

Fim.

Mutável Gambiarreiro
Enviado por Mutável Gambiarreiro em 13/04/2015
Reeditado em 15/04/2015
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