Temporada de chuvas, como amores.

Ai se neste mundo não houvesses estas águas, se os olhos da morena derramassem estas mágoas, ai como seria se nesta terra não chovesse.../

... Se o olho da morena não enchesse estes cântaros, se a cantiga do poeta não falasse de amores, ai como seria se estas terras se tornassem empedernida .../

... Se os verdes de seus olhos não olhasse a plantação, se o caboclo sertanejo não fizesse o exercido, se a semente neste solo não nascesse neste chão./

Se os rios se secassem, se a chuva não caísse lá do céu, não molhasse os guardas chuvas, se os sapos nas lagoas não coaxassem, se a chuva não molhasse meu chapéu./

A vidraça embaçada, lá fora a cantiga entoa, as flores do jardim com o vento tremula, a névoa a garoa, o som da natureza, enquanto os pássaros em plena chuva voam./

Antônio Herrero Portilho/08/11/14

Antonio Portilho antherport
Enviado por Antonio Portilho antherport em 08/11/2014
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