ESTIAGEM
O firmamento transmuda-se, as nuvens de alfenim desaparecem.
O calor causticante assola as cidades
E os campos se tornam casa vez mais áridos.
Não há vestígios de que uma gotícula cristalina e pura venha
Laurear as sépalas das flores ao se abrirem nos jardins e cântaros
E trazer inspirações aos corações poéticos.
Oh! Chuva venha dissipar esta estiagem alongada
Que faz com que a natureza se entristeça
Tornando soturna a realidade presente.
Os corações uníssonos em exaustão e delírios angustiantes
Buscam em atos líricos um arroubo de magia
Nas veredas desenhadas pelas águas ribeirinhas.