ESTIAGEM

O firmamento transmuda-se, as nuvens de alfenim desaparecem.

O calor causticante assola as cidades

E os campos se tornam casa vez mais áridos.

Não há vestígios de que uma gotícula cristalina e pura venha

Laurear as sépalas das flores ao se abrirem nos jardins e cântaros

E trazer inspirações aos corações poéticos.

Oh! Chuva venha dissipar esta estiagem alongada

Que faz com que a natureza se entristeça

Tornando soturna a realidade presente.

Os corações uníssonos em exaustão e delírios angustiantes

Buscam em atos líricos um arroubo de magia

Nas veredas desenhadas pelas águas ribeirinhas.

Antenor Rosalino
Enviado por Antenor Rosalino em 21/02/2014
Código do texto: T4700933
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