O RIBEIRO
(Samuel da Mata)

Ribeiro Fontes morreu
Como qualquer indigente
Minguando aos olhos dos seus
Sem que ninguém o lamente

Viveu por milhões de anos
Mas não ficou resistente
Contra o agente humano
Destruidor do ambiente

Por resíduos contaminados
Seus pulmões capitularam.
Por seus sulcos depilados
Seus braços fortes secaram

Seu leito seco em avenida
Em breve será transformado
E o doce canto da vida
Prá sempre silenciado
Samuel da Mata
Enviado por Samuel da Mata em 25/10/2013
Reeditado em 07/09/2015
Código do texto: T4541718
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