A Chuva
A chuva cai cerrada lá fora,
ordenando que tudo pare
para ouvi-la, até que se cale,
em descansada hora.
As folhagens aplaudem incessantemente
o derramar das águas
que escorrem , sem mágoas,
em turbilhão de lágrimas sorridentes.
A noite, que inicia dolente,
respira o perfume da terra molhada,
por onde trançam enxurradas correntes.
Toda a sede de água é saciada.
É tempo do germinar das sementes
e da estação das floradas.
Nota: Ainda inspirado na poesia chinesa de Li Bai.