Borboleta
Quando lagarta, desprezada.
O meu escuro, eu mesma construí.
Ali, renasci, cresci, me recriei.
Teci minhas próprias asas,
Singular é minha beleza;
Ainda assim permaneço presa.
Para ganhar o mundo,
É preciso romper o casulo.
A luta por fender o muro
E ultrapassar a brecha,
Abre porta que jamais se fecha,
Fortalece as asas e revigora a vida.
Sou grata ao casulo de onde saí.
Mas, para lá não volto,
Sequer tenho vontade de ir.
Pois, hoje sou borboleta.
Minha sina é voar e encantar.
Então o que resta dizer-te senão:
Voa e avoas o quanto puderes, borboleta.
Só não te deixes novamente aprisionar.