Borboleta

Quando lagarta, desprezada.

O meu escuro, eu mesma construí.

Ali, renasci, cresci, me recriei.

Teci minhas próprias asas,

Singular é minha beleza;

Ainda assim permaneço presa.

Para ganhar o mundo,

É preciso romper o casulo.

A luta por fender o muro

E ultrapassar a brecha,

Abre porta que jamais se fecha,

Fortalece as asas e revigora a vida.

Sou grata ao casulo de onde saí.

Mas, para lá não volto,

Sequer tenho vontade de ir.

Pois, hoje sou borboleta.

Minha sina é voar e encantar.

Então o que resta dizer-te senão:

Voa e avoas o quanto puderes, borboleta.

Só não te deixes novamente aprisionar.

Frei Michel da Cruz
Enviado por Frei Michel da Cruz em 27/08/2013
Reeditado em 31/01/2014
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