UM PLANETA DESERTO.

Quando isto acontecer,

desta terra perecer

aqui não estarei já mais.

O sol estará fraquinho

corpos sem vida friozinho,

tudo ficará pra trás.

Quando aqui chegar a morte ,

e vier arrebatar, ai tudo acabará

em funesto sorteio a sorte.

Em mãos laços traiçoeiros

também seu ferro de corte,

nos minuto derradeiro.

Nesta hora de tristeza

indo ao encontro da morte

estaremos n'outro norte.

Mortos não morre duas vezes,

só cautela e caldo de galinha,

não deixa ninguém mais forte.

Vamos a vida aproveitar,

divertir e amar o próximo,

isto que nos conforte.

Sem vícios e sem malícias,

as doenças desta era,

até que tudo a suporte.

Com lamentos e penúrias

nesta suja atmosfera

vivendo ao paradoxo.

O mal do homem impera

nas águas campos e matas,

devastado sem piedade,

Em vozes e alaridos

que pede socorro deveras,

a tão perversa humanidade

Em tão sofrido atitude

Estamos todos sofrendo,

morrendo na boca da fera.

(Antonio Herrero Portilho)

Antonio Portilho antherport
Enviado por Antonio Portilho antherport em 25/08/2013
Reeditado em 01/09/2013
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