Os animais por de trás de suas formas do corpo

Eu acreditava que os animais poderiam ter alma,

por de atrás das suas formas do corpo

tentava olhá-los com toda a minha visão primitiva.

Não escutava o silêncio das florestas,

nem saberia encontrar o pássaro azul

no mesmo abismo interior nas matérias escondidas da cidade,

sob incompreensíveis paisagens anímicas

alteradas por humanos desérticos do mau-estar.

Tentava vê-los como são do lugar que nos vêem,

nos seus invólucros voltados para suas formas

abrindo um mundo tão sutil,

infinito caos de imaginação ardente,

que se ocultava por de trás da epiderme,

dos seus olhos quentes que possuíam

estendidos no impossível

ab-surdo poema.

De Fernando Henrique Santos Sanches

Poeta das Almas

Fernando Febá
Enviado por Fernando Febá em 01/08/2013
Reeditado em 06/01/2014
Código do texto: T4414794
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