CONTEMPLAR A NATUREZA
Ao ver a natureza sorrir
Minha alma fica enternecida
A presença de Deus a sentir
Em todo milagre da vida.
No canto dos passarinhos
Anunciando a alvorada
No sol que nasce cedinho
Secando a relva orvalhada.
No vento que dobra a paineira
No riacho que corre mansinho
Nas formigas trabalhadeiras
Que traçam seu próprio caminho.
Nas nuvens que cortam o espaço
Estranhas figuras formando
Aglomeram-se, e trazem a chuva
Que cai, toda terra molhando.
Na pequena semente que germina
Dando origem a nova planta
Na mulher que carrega no ventre
Um filho, com pureza santa.
Em tudo vemos a mão de Deus
Propiciando uma nova vida
Abençoando os filhos seus
Protegendo e dando-lhes guarida.
Mas o homem em sua ganância
Querendo mais ter do que ser
Rende-se à sua ignorância
E deixa de amar e de crer.
Mas Deus em sua onipotência
Vai distribuindo Seu amor
Quem não vier pela providência
Vai chorar e um dia virá pela dor.
Em quem não curtiu nesta vida
A natureza em seu esplendor
Teve uma existência dividida
Não teve olhos para o amor.
Daniel L Oliveira
Ilha Solteira/SP
02/06/2013 – 18:20h