Uma cantiga ao luar cor de prata.

CENÁRIO SERTANEJO

A noite vem se aproximando,

fechando as cortinas e

o entardecer vai se apagando.

O sol já se escondeu,

lá do outro lado da serra,

vem surgindo a escuridão

Abraçado com minha viola,

amiga que me consola,

dedilhando estas cordas com jeito,

com um mundo de inspiração.

A saudade vem morar aqui,

em meu peito,

mas a companheira viola,

amiga que me consola,

com o som que vai saindo,

matando a tristeza inimiga,

formando minhas cantigas,

mensagens que vem chegando,

direto do coração.

Neste momento de encanto,

estas luzes assim tão brilhante,

as estrela e os pirilampos,

as fagulha cintilante

as vejo assim lá tão distante,

não adianta erguer a voz,

pois não ouvirão meu canto.

Esta plateia em silencio

sobre a luz deste luar,

parece não me ouvir,

estão lá no infinito,

nem que eu cante bem mais alto,

nem os meus fortes gritos,

elas não vão me escutar.

Mas a lua solitária,

tal qual um refletor potente,

emitindo seus raios fortes,

vai cumprindo sua tarefa,

brilhando clareando os campos,

lançando grandes reflexos,

formando um grande clarão,

pintando de prateado,

este solo sertanejo,

deste meu belo sertão.

Vou apreciando as claras,

esta bela natureza

nesta paisagem noturna

dês dos arbustos rasteiro

até os confins das matas,

as colinas e os riachos,

os raios reflete lá em baixo,

deixando mais clara a noite,

expulsando a escuridão,

Ah esta lua formosa e bela,

parece uma moça de branco,

vestida toda encanto,

dona da festa;

esperando seu namorado,

para noites de paixão.

Com esta viola,

minha canção vou entoando,

eliminando minhas mágoas,

enxotando a malvada saudade,

do coração deste moço,

repleto de emoção

Eu e minha viola,

a natureza e meu canto,

contemplando um belo cenário,

cheio de maravilhas e encantos,

neste solo sertanejo,

sobre a luze natural,

deste teto estrelado,

neste mundo divinal.

Esta minha companheira,

parceira e silenciosa

que se chama solidão,

neste recanto,

neste ermo tão distante,

sem amigos e sem vizinhos,

vivendo assim tão sozinho,

tão longe da população.

Antonio Herrero Portilho.

Membro da ALIANDRA

Aliança dos Literatos de Andradina-SP

Antonio Portilho antherport
Enviado por Antonio Portilho antherport em 01/06/2013
Reeditado em 01/06/2013
Código do texto: T4319635
Classificação de conteúdo: seguro