O belo sabiá.

O BELO SABIÁ

Lá das bandas do roçado

Chegou um pouco cansado

O cantor da natureza.

Pousou com categoria

Estufa o peito de alegria

Costumes de todo dias

Exibir o seu cantar.

Na copa da laranjeira

Do terreiro da fazenda

De manhã e a tarde inteira

Redobrando repicando

Ele põe se a cantar.

Das aves és a mais bela,

Nas matas e no cerrado

Ou perto do povoado

Vindo de todo lado

Vivendo aqui ou acolá,

Nas montanhas e nas serras

A beleza que se encerra,

O príncipe das floretas,

Majestoso sabiá.

Veio o vento, veio a chuva,

Molha a pluma de dar pena,

Entre as folhas dos arbustos,

Se assusta se oculta,

Esconde se com cuidado

Para gente não o achar.

O gorjeio barulhento

Canta há hora todo tempo,

Bate as asas mexe as pernas

Arrepia sonolento

Abre o bico se espreguiça

Na hora que o sol esquenta

Ai vai se descansar.

De tardinha escurecendo

O sol vai se escondendo

As estrelas aparecendo

Do horizonte vem a sombra

Vem a noite a luz se vai.

Todo bichos da floresta,

Dos campos e matagais

Vai procurando um abrigo,

Os pássaros cantando em festa

Em meio o arvoredo

A sinfonia dos pardais.

Quando o espetáculo termina

O criador do universo

Desce lá do infinito,

Bem quietinho e ligeirinho

Para a cortina fechar.

Sabiá a passarada o chama

Como neném vá pra cama

Que já é hora de deitar.

Alça voou deste galho

Atendendo o chamado

Em direção da floresta

Pousado em um ramalhete,

Junto aos seus amiguinhos

Vai dormir pra descansar.

Antonio Herrero Portilho.

Antonio Portilho antherport
Enviado por Antonio Portilho antherport em 28/02/2013
Reeditado em 24/10/2017
Código do texto: T4163505
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