EXTINÇÃO
 
Estava em silêncio a espreita
Mirava em seu peito varonil
O gatilho nervoso esperando a ordem
 
A asa branca nada antessentia
Nem sabia que estava em extinção
Não conhecia a fúria de minha fome
 
Quanto tempo fiquei impreciso
 
A extinção ficou entre o gatilho e a fome
Qual dos dois eu mataria
A fome que me consome
Ou a asa branca em extinção
Que acabaria com minha fome provisória
Mas não adiantaria
 
Quanto tempo fiquei impreciso
 
O tempo foi cruel e me deixou sozinho
A asa branca voou antes que percebesse
Deixando cair uma gota de orvalho
Anunciando o inverno
Para apagar o fogo do inferno
Que queima meu sertão.
 
Quanto tempo foi preciso
 
Para entender que podemos conviver
Sem abater e extinguir do sertão
Animais indefesos que enfeitam a natureza
Que trazem em seus pés gotas d’águas que anunciam
A abundância no sertão.
Léo Pajeú Léo Bargom Leonires
Enviado por Léo Pajeú Léo Bargom Leonires em 03/04/2012
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