Luar

O que eu vi foi um Luar

Momento em que se pôde pensar

Lembrei de Narciso

Quando notei a imagem refletida no mar

Solitária

Dentre a escuridão

Roubando os céus

Como se fosse dona de seu próprio brilho

Oriundo de sua face esburacada

O que a torna mais caracterizada

Insegura

Quando se aproxima do Sol

Não nos concede sua luz

Mas reage de forma contrária

Quando acanha-se atrás do planeta azul

Persistente

Em seu movimento parabólico

Para dar lugar à grande estrela matutina

Que quase nunca a alcança

Mas permite um alvorecer com sua companhia

Quando não se lança à dominação celeste

E por que tanto foges,

Se é ela quem te aquece e deixa alguns seres te admirarem,

Não se importa com teu tamanho e idade,

E te ilumina todas as noites?

Dangerous
Enviado por Dangerous em 28/02/2012
Reeditado em 28/02/2012
Código do texto: T3525552