Luzes
Luzes que nascem do Sol, serenas e preponderantes,
Reverberam os bosques e desvanecem ao anoitecer,
Pois ao términio do crepúsculo querem enaltecer,
Exprimem o arco-íris do alvorecer,
Comportam um essencial período do dia,
Influenciam um compositor numa melodia;
Luzes que alumiam uma cidade,
São as mesmas que eclodem da combustão,
Das velas ou do carvão,
Do arvoredo atingido pelo trovão;
Posteriormente cedem cores aos objetos,
Ingressando por um longo trajeto,
No tão complexo globo ocular,
Do âmago molecular;
Depois escapam eternamente no espaço,
Distantes da Terra e do cansaço.