Nostalgia Natalina
Nostalgia Natalina
Sempre no final do ano,
Volto a lembrar da Casa do Pão.
Da gruta onde nasceu o rejeitado irmão.
Seu berço de palha entre os animais.
Sem ter onde chorar os seus tristes ais.
Recordo pastores que desconheci.
Enviados por mensageiros,
Que não mais estão ali.
Pobres empunhando tochas,
A iluminar na noite escura
O estábulo esculpido na rocha,
Dando ao lugar beleza e ternura,
De tal modo que até mesmo Deus,
Querendo se fazer Menino,
Resolveu aí nascer.
Saudades de um tempo que nunca vivi.
De caminhos que sei:
em tempo algum percorri.
Passado jamais experienciado,
Mas que insiste em arder
Aqui dentro de mim.