MENINO ADORÁVEL
De longe vimos tua estrela brilhar.
Afoitos ficamos e partimos.
Reinos abandonamos por ti.
Deixamos à África, a Europa e o Extremo-Oriente.
Viemos do mundo inteiro,
A fim de a ti contemplar, tão somente.
Curiosos, procuramos-te nos tronos.
Mas, não estavas nos palácios,
Com vestes finas e em berços de ouro.
A ti buscávamos no céu,
Mas também lá não estavas,
Pois, quisestes fazer-te um de nós.
Tudo apontava para ti,
Nós, porém, ainda não te enxergávamos.
Encontramos alguns pastores, no caminho.
Eles nos falaram de ti
Da tua simplicidade e da tua Paz.
Eis que a ti achamos num casebre.
Uma pobre e singela mulher,
Nos braços acalentava-te.
O teu berço era um cocho forrado de palha.
Nós, ao contemplarmos teu sorriso sem dente,
Em meio à pobreza de uma noite fria e escura,
Alegrando-te em nossa finitude e fragilidade,
Fomos tocados pela força que se opõe ao mal
E reduz os inimigos ao silêncio.
Ó Menino Adorável!
Como pode alguém não te adorar?