A tenda das cores.
O azul que me fascina,
Azul, claro, escuro, piscina,
Resume-se no azul do “Blue”…
Eu não sabia que a minha alma, tão rubra! Inutilmente elucubra,
Rende-se ao melancólico azul,
O azul do extremo sul…
—*—*—
A sórdida e anil tristeza invade,
Até o céu… e nas estrelas arde,
E coexiste com a vermelhidão
Das paixões que só encarde,
A guiar-me, aos rumos do “em vão”…
—*—*—
Sombreadas de verde esperança,
Ao que a parca alegria alcança,
O sereno branco da paz,
Quando o sonho em multicor,
No incolor se desfaz…
—*—*—
Cheios de nuances e incapacidades,
E até de insanidade voraz…
Sara as minhas dores, blinda-me da verdade…
E rima a minha poesia, com a lápide fria,
Na realidade insípida e mordaz…!