VIDRO
Quebro-me e me espalho
Pelo chão de pétalas
Com cactos que fere minh'alma
Fazendo-me sangrar até morrer.
No céu de anil
Pintado com pincéis
Decor vermelha
Escrevo em relevo: existo!
A morte terna, sigela até digo
Sempre no pretérito perfeito
Talvez seja eu imperfeito
Para chover linhas tênues
No final desse meu adeus...