A MORTE
Minhas lágrimas de lã
Tesse os fios do destino
Que por tão grande súplica
Simplime ser-me-á a morte
No silêncio da noite gélida.
A névoa cai lentamente sobre mim
Ó vida, que espero eu, o fim...
Talvez o descanso eterno do hoje
Para que não venha o amanhã
Nem depois o dia depois do amanhã.
Caminho entre o desamor
E meu sorriso já se despede
Como a chuva primaveral
Da minh'alma que começa a ir
Em um barquinho de botões
Para alegria dos que sempre desejaram.
Imagino o motivo por que haverá choro
Desespero dos que quiseram o ponto final
E sei que choraram de angústia
Pelo fim natural que pirei
Assim, eu serei lembrado por pouco tempo
Mas, eu não findarei minha vida
Porque continuarei presente
No sepultamento de todos.
A vingança só é maravilhosa com sentido
Verei apodrecer a carne da minha cunhada
A cegueira e a fome da minha irmãzinha
O desespero da minha sobrinha
A morte súbita do meu sobrinho
A perda dos tostão entre parentes
E, verei a angústia dos meus algozes
Será belo morrer e realizar o desejo.