SER
Não tenho medo da morte,
Pois bem sei que ela virá
Sorrateira, como sempre,
Com seu manto me afagar.
A minh’alma está serena.
O meu ser sempre será
Ínfimo, porém, eterno,
Onde o porvir me esperar.
Como as águas de um riacho
A correr por todo o tempo,
O nosso ser verdadeiro
É parte do mesmo tempo.
Embora a vida terrena
Seja uma graça bem vinda:
Não creio ter vindo do nada
E voltarei calmo ao meu ninho.