ELEGIA DO FIM II
Isto ainda não é a paz,
Apenas o silêncio da vida!
Ficamos assim...
Só com o amanhã sem existir.
Os olhos saltando das órbitas,
Vendo o longe em meio
As sombras da estrada sem sol.
Flashback de imagens perdidas
Vistas as pressas e jorrando tempo.
A dor coagulou os receios,
Corpo que balança ao vento
Um pêndulo indiferente
Sem compromisso com as horas,
A partida calma e serena.
Ciclo que se cumpre:
É tempo de retornar ao tempo,
Passado e presente nada mais fala.
Silêncio no vácuo é o que se ouve,
Todos os ruídos acumulam-se
No ser, para depois gritar
Pela boca do sangue.
Que tempo foi esse,
Deixado às tarefas humanas,
Pelo inevitável libertador?
Que os filhos do amanhã,
Alcancem as estrelas almejadas
Em tantos céus impossíveis,
E desconheçam todas as lágrimas.
(...partir mesmo querendo ficar.)
T@CITO/XANADU