RÉQUIEM

Desfolham-se pétalas aromáticas

Na estação outonal que, palidamente,

Vai chegando ao fim.

No crepúsculo do entardecer,

O sol parece acariciar a terra

Com um quê de melancólica despedida.

A natureza perpetua a história,

E a voz de Deus vibra num som poético

Que se dobra em contrição.

Aproxima-se o anoitecer!

Descerra-se a cortina do Universo

Embalando paixões e inebriando

Sensíveis corações.

Vem, sorrateira, a alta madrugada.

De repente, tudo se torna um

Silêncio sepulcral e profundo...

Tomba o corpo de quem escrevia

Suas últimas palavras líricas.

Ajoelham-se os anjos...

Morre um poeta!

Antenor Rosalino
Enviado por Antenor Rosalino em 16/06/2019
Código do texto: T6674243
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