Poemas de um homem qualquer
Poemas de um homem qualquer
A minha alma afoga-se em lágrimas,
estou hoje morto
como se nunca tivesse nascido
Nas noites solitárias
em que a angustia transforma-se em desespero
enforco-me nos meus sonhos de infância
que um dia me fizeram sorrir
Tudo o que eu vivi
vivi em agonia;
Sou o monstro que rasgou as entranhas da minha mãe
e a matou no parto
sou a miséria que se alastra pelo mundo
E ao mesmo tempo não sou nada
além de um verme qualquer
E como eu poderia ser alguma coisa?
se falhei em tudo!
Vivo a vida com intensidade
despertando paixões
nos rincões do universo
Mentindo no espelho
que eu não irei me matar
e por que eu me mataria?
Se as dores que vivem em meu peito
são as únicas coisas que me mantém vivo
Como eu ousaria cometer este crime terrível?
e tirar a minha própria vida
quando cometo a petulância de olhar na cara de Deus e dizer
- Não amaldiçoas-te me com a vida?
Agora amaldiçoou a ti com a Filosofia
Eu sou o homem que nasceu para odiar a vida,
e em letras transformo meu ódio em Poesia
minha tristeza em Filosofia e
minha paixão em Melancolia
Se algum dia eu tirar a minha própria vida,
irei certificar-me de ter feito dela o meu parque de diversões
o meu reino de Deus
o meu Céu
e o meu Inferno
Se algum dia eu tirar minha própria vida,
sobre o meu tumulo irão de escrever
- Aqui jaz o homem que fez a vida curvar-se perante os seus pés
Não me entregarei as dores do mundo,
ou a está maldição que a mim foi concebida
contra minha maldita vontade
Não direi a vida
em sua cara covarde
‘’ Oh vida não suporto as suas dores’’
Irei gritar em seu rosto frio!
- OH VIDA, TU NÃO ME SUPORTAS!!