Poemas de um homem qualquer

Poemas de um homem qualquer

A minha alma afoga-se em lágrimas,

estou hoje morto

como se nunca tivesse nascido

Nas noites solitárias

em que a angustia transforma-se em desespero

enforco-me nos meus sonhos de infância

que um dia me fizeram sorrir

Tudo o que eu vivi

vivi em agonia;

Sou o monstro que rasgou as entranhas da minha mãe

e a matou no parto

sou a miséria que se alastra pelo mundo

E ao mesmo tempo não sou nada

além de um verme qualquer

E como eu poderia ser alguma coisa?

se falhei em tudo!

Vivo a vida com intensidade

despertando paixões

nos rincões do universo

Mentindo no espelho

que eu não irei me matar

e por que eu me mataria?

Se as dores que vivem em meu peito

são as únicas coisas que me mantém vivo

Como eu ousaria cometer este crime terrível?

e tirar a minha própria vida

quando cometo a petulância de olhar na cara de Deus e dizer

- Não amaldiçoas-te me com a vida?

Agora amaldiçoou a ti com a Filosofia

Eu sou o homem que nasceu para odiar a vida,

e em letras transformo meu ódio em Poesia

minha tristeza em Filosofia e

minha paixão em Melancolia

Se algum dia eu tirar a minha própria vida,

irei certificar-me de ter feito dela o meu parque de diversões

o meu reino de Deus

o meu Céu

e o meu Inferno

Se algum dia eu tirar minha própria vida,

sobre o meu tumulo irão de escrever

- Aqui jaz o homem que fez a vida curvar-se perante os seus pés

Não me entregarei as dores do mundo,

ou a está maldição que a mim foi concebida

contra minha maldita vontade

Não direi a vida

em sua cara covarde

‘’ Oh vida não suporto as suas dores’’

Irei gritar em seu rosto frio!

- OH VIDA, TU NÃO ME SUPORTAS!!

Gerson De Rodrigues
Enviado por Gerson De Rodrigues em 09/12/2018
Código do texto: T6523028
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