Poema – As angustias de um ponto
Poema – As angustias de um ponto
Tenho feridas tão profundas em meu peito
que se reveladas,
trariam mais miséria ao mundo
tenho desejos tão impuros
que se revelados fariam as igrejas queimarem
Vendi a minha alma ao diabo
e ele roubou de mim a minha humanidade
clamei a Deus por perdão,
e ele cuspiu em minha face
Como podem negar a um homem doente
o remédio para sua angustia?
como podem tirar de mim
o direito de morrer?
Deitei sobre as flores
e elas dilaceraram meu coração
chorei olhando para as estrelas
e elas me condenaram a viver
Pois não importam quantas
cicatrizes há em meu peito
eu sou apenas um ponto luminoso no céu