Filme a dois
Hoje eu fiz uma adaptação de mim mesmo
Onde se via apenas um trecho
Ligeiramente sensivel aos teus olhos
Lançando ao ar frases esparsas
Ying-yang equilibrava a caneta
Who are you?, a música gritava...
Onde estavam meus ouvidos?
Outras vozes me atormentavam
Desse roteiro, quero o final
É um estranho passo em direção ao abismo
Um rio de pesadelos infinitos
Maravilhosamente estáticos, esperando um sopro
Pergunto se ainda sou real
Ainda íntegro,ainda em mim,ainda sob um desespero real
Rumo onde portas questionam minha insistencia
As minhas perguntas feitas e respondidas por mim
Lidas, por alguem sentado ao meio-fio
Em meio a dúvidas e certezas ,absorto
Lanço adagas onde o céu não enxerga
Esqueço por um segundo que não sangro, nem percebo as feridas
Piso em falso, caio e sobre o chão, algo me divide
Intensamente marcado,provoco uma breve solidão
Planejo uma fuga, pesadelos são opcionais agora
E embora esteja cego, visões me atormentam
Diante dessa sarjeta funebre e solida
Os gritos cegam meu último ressoar de adeus.