DELIRIO Nº4

Calei, e senti minha garganta seca por uma desordem em teu céu

Quando olhei dentro do meu coração, os degraus fugiram das escadas em meu peito

E não pude mais subir, não pude tocar o chão de lama

Na minha rua passam os carros vermelhos, cabelos e tons de batons

Na lama que cobre a chuva, navios de papeis naufragam insolidos

Com tuas poesias inuteis, naufragam em lagrimas

Um vermelho intenso de lagrimas de chuva

Tinge meu pescoço, e dá brilho ao que já se foi

Se nossas palavras fossem exclamadas ao sol, o vermelho seria real

E eu seria mais sorriso, teria mais sorriso ao cantar a cor de teus cabelos.

Zózimo São Paulo
Enviado por Zózimo São Paulo em 08/03/2008
Código do texto: T891931
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