DELIRIO Nº4
Calei, e senti minha garganta seca por uma desordem em teu céu
Quando olhei dentro do meu coração, os degraus fugiram das escadas em meu peito
E não pude mais subir, não pude tocar o chão de lama
Na minha rua passam os carros vermelhos, cabelos e tons de batons
Na lama que cobre a chuva, navios de papeis naufragam insolidos
Com tuas poesias inuteis, naufragam em lagrimas
Um vermelho intenso de lagrimas de chuva
Tinge meu pescoço, e dá brilho ao que já se foi
Se nossas palavras fossem exclamadas ao sol, o vermelho seria real
E eu seria mais sorriso, teria mais sorriso ao cantar a cor de teus cabelos.