DELIRIO Nº2

Eu desço as escadas dessa rua, no meio do mundo

Me perco nesse labirinto, minha propria mente, e me vejo

Solido, Junto de mim paredes me cercam

Me guiam ao lugar onde me foi destinado

Ou que acho ser meu destino, meu caminho sigo em frente

Vou caindo, caindo e sinto o nascer das asas

E antes dos mouros me abaterem, sobrevivo aquelas lanças de marfim

E luto diante os loucos, meu colar mistico sobreviverá?

As pedras de ouro penduradas em meu bojo, meu peitoral feito alazão

Não refletem o brilho da morte, o clarão por debaixo da terra

Ao pousar, sinto a terra abraçar meu rosto, afogar a claridade

E transformar tudo em trevas, onde está meu Deus?

Agora sinto temor à tuas palavras, teus sermões

E o gigante que habitava minha floresta, onde está?

Cacos de vidros onde piso, são terra, morada, e sereno ainda o sinto...

Cavo meu proprio buraco, e não deixo adeus, muito menos saudades

Já senti demais, deixo jazz,

Um turbilhão de acordes em tons menores, diminutos...

Shine you crazy...me traz de volta?

Não importa!

Respira em mim todo teu folego, todo teu liquido, argumente...Habita em mim?

Me deixe livre, estou indo pro escuro...

Lugar onde toda luz se apaga, fico sob teu olhar

Me leva porra! Antes que eu derrube toda essa terra negra

nesse teu lindo e maravilhoso clarão...

Zózimo São Paulo
Enviado por Zózimo São Paulo em 07/03/2008
Código do texto: T891541
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