Sobras

O que te sobra

Das sevícias do

Dia comum

Como as migalhas de

Uma vida?

Sobre o parapeito

Debruçado para um

Vazio, o olhar foge

E com move os forasteiros

Rastilhos de desesperança.

Assopra os restos ressentidos

Do sorriso não dado e da

Biografia medíocre que o

Hábito transforma em

Melancolia.

Roto o rosto que se afigura

Em cara vestida de gente e

Pessoa feito objeto sem

Humanidade.

Sombra do maltrapilho

Corpo, esgueirando-se

Nas frestas das festas que

Os vermes hão de se refestelar.

Bruno Azevedo
Enviado por Bruno Azevedo em 13/04/2025
Código do texto: T8308568
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