Degelo
Derrete o mármore
Da carne doentia,
Entremeado por
Uma tragédia cínica.
O entreposto de um
Mercado humano,
Exposto à pútrida
Ganância que negocia
A miséria.
O luxo do descarnar
Que expõe as vísceras
Dos sentidos, escarificados
Nas lâminas do tempo histórico.
Qual um corpo que pende
Da sacada de um disparo,
Projetando a angústia fria
A cada passo da extinção.