Encara Tua Face

Destrói os grilhões da esperança,

Mergulha no sangue espesso dos

Teus passos descaminhantes,

Abdicando da realidade simulada.

Golpeia o mármore dos teus dentes brancos

De cadáver afiado e cospe o hálito

Das brasas do Inferno que criaste,

Contemplando a doçura da tua arte.

O mal que tu almejas é a outra face

Do bem que nunca existiu.

Abraça tua vingança e vive no

Limiar do abismo que te encanta.

A dor só sublinha a felicidade

Reprimida, uivando pelos

Prados da sua carne diluída,

Evocando o coro dos aflitos.

Bruno Azevedo
Enviado por Bruno Azevedo em 20/08/2024
Reeditado em 20/08/2024
Código do texto: T8133219
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