Encara Tua Face
Destrói os grilhões da esperança,
Mergulha no sangue espesso dos
Teus passos descaminhantes,
Abdicando da realidade simulada.
Golpeia o mármore dos teus dentes brancos
De cadáver afiado e cospe o hálito
Das brasas do Inferno que criaste,
Contemplando a doçura da tua arte.
O mal que tu almejas é a outra face
Do bem que nunca existiu.
Abraça tua vingança e vive no
Limiar do abismo que te encanta.
A dor só sublinha a felicidade
Reprimida, uivando pelos
Prados da sua carne diluída,
Evocando o coro dos aflitos.