Canto

O canto canta os

Ângulos dobrados

Em incertezas que

A geometria tenta

Aprisionar.

O viés oblíquo que

Insinua o olhar na

Fresta que rasga a

Vista para cada objeto

Poder celebrar.

Uma distância distendida

Nas tramas como cercas

Da vertigem em um baile

De formas reduzidas.

O tio fita em seu contorno

A cada volta trespassada

Feito uma serpente à espreita,

Pronta para se auto-devorar.

Chuvas de curvas na adornam

A caixa que vela a casa que vela

A carne. Uma possibilidade apenas

Faz tudo desalinhar, misturando e

Caos-organizando o que nunca

Precisou de um lugar.

Bruno Azevedo
Enviado por Bruno Azevedo em 15/05/2024
Código do texto: T8063466
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