Beirada

Da beira a borda

Bate o horizonte

Como beirada que

Corta o zênite.

Abaixa o olhar

Oblíquo na nudez

De pálpebras

Carcomidas pela

Vigília indócil.

Ver o verbo borrar

A noite de um dia

Ensolarado, sombreando

As costas da fronte

No jorro de uma fonte

Estéril.

Abre as asas de braços

Crucificados e envolve

O mundo que é esse

Instante que precede o

Impacto surdo.

Bruno Azevedo
Enviado por Bruno Azevedo em 18/01/2024
Código do texto: T7979491
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