Por que será?
Minha vida se faz obtusa,
Dispersa, difusa,
Às vezes profusa,
No modo confusa
Se mantém.
Recusa o canto da musa,
Nas esquinas que cruza,
Nos caminhos que usa,
No desejo do além…
Onde a solidão a acusa,
Até que uma dor intrusa,
A induza a permanecer reclusa,
Para seu próprio bem.
Então, a tristeza dela abusa,
Do tédio a torna inclusa,
E assim ela se faz inconclusa,
Não querendo ser de ninguém.