Um Mês Qualquer

Qualquer dia de

Momento algum

Revela a vértebra

Do silêncio esquecido.

Talvez chova o sol

De ontem no poente

Transtornado que

Gira feito tornado

Estético de reprise.

O calabouço da

Esperança, dorme

No recanto apodrecido

Dos dejetos ressurgidos.

Escorre na coceira

Das entranhas expostas,

O ferrugem da máquina

De carne insípida.

Um mês, talvez mais,

À espera do que nunca

Se ausentou, sentado

Sobre o próprio umbigo.

Bruno Azevedo
Enviado por Bruno Azevedo em 28/02/2023
Código do texto: T7729514
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