Conversa de louco
Na estante da linguagem,
Da superfície ao pensamento
É por bárbaros tomada,
Memórias lhe foram alteradas.
E pela boca pula a mentira irrefreável,
A confusa alma
Caindo no verde que a vida lhe lança quando cai por não ser madura.
Já que a lei da semeadura
Em sua mente é desproporcional,
Pois não mensura com justiça
O significado desta.
E disto, o afastamento verbal
Donde o referente fora apagado,
Resta apenas reeducar as vistas
Para ver se assim, cada nome tenha seu boi.
Nestas conversas de louco,
a tua, a minha,
Canhota sou e destra.
Duas pessoas, pelo corpo do texto
estão em guerra.