Lascas
A carne solta
Desprende dos ossos
Como lascas esfoladas
De um corpo em
Sofrimento.
O cadáver nu,
Dança nos ganchos
Que penetram as
Entranhas. Um
Contorcionismo
Abjeto de um homem
Objeto.
Abre a boca e ri
Pela falta de lábios,
Arreganhando a
Mandíbula descarnada.
O grito mudo, muda
A fisionomia oprimida
Das órbitas cegas e
Engole o abismo no
Momento que o mundo
Se vê no túmulo dos olhos.