LOUCA(MENTE)
Arrastando o frio corpo pela rua
Atropelando os próprios passos
Vazia de vontades por dentro nua
Vielas de lágrimas na face correndo
O suspirar era só mesmo pelo cansaço
A cabeça pesava enxaqueca batendo
O chafariz da praça era convidativo
Arranquei a roupa e nele me atirei
Louca! Talvez...mas, sabia o motivo
O guarda tentava me tirar dali em vão
Desconexos estavam verbo e compostura
Perdera o bom senso e também a noção
Chegar à esquina escura da vida ilesa
Fica muito difícil...o fardo é pesado
Gritava pedindo laranja de princesa
Delírios da rotina sufocante...tóxica
Queria a laranja para nela mergulhar
Sepulcro adocicado alma cósmica
Desejando apagar o tudo do nada
Deixe-me! No rés sujo do passadiço
Suco de gente que fui...amassada