Poema - Humanidade
Poema - Humanidade
Eu poderia enforcar um homem cego
Somente pela satisfação
De ver o brilho opaco em seus olhos
Se apagando aos poucos...
A filosofia daqueles olhos sem vida
Que nunca enxergaram os céus azuis
As ironias de uma Poesia
Ou os olhos dóceis dos cães
Aquela Filosofia em particular me encantava
Como se Deus ironicamente
No ápice de sua magnitude divina
Fosse capaz de tamanha crueldade
Colocar uma criança cega no mundo
Para mata-la antes mesmo
Que ela pudesse admirar as flores
Em seu próprio jardim
Era tipico de um homem
Cuja unica santidades
Foi prostituir-se encima de uma cruz
A vida sempre foi cruel
E repleta de ironias
Os homens criaram os nazistas
Os superaram por cima de bilhões de mortos
Para que?
Para os elegerem novamente anos depois
Como se um roteirista sádico
Escrevesse as nossas vidas
Destruir o próprio planeta
Salvar o próprio planeta
Macacos em guerra santa
Estuprando crianças em igrejas
Clamando misericórdia a Deus nas mesmas igrejas
Nós somos a escória
Os porcos nos confins da galáxia
Se Deus de fato existisse
No ápice de sua misericórdia
Deveria em ato divino
Sufragar-nos em fogo ardente
E fazer dos nossos gritos
De misericórdia para este mesmo Deus
Uma sinfonia agridoce
Para que os anjos e os Diabos
Dançassem em oferenda ao Sabbath
Não deveríamos nos orgulhar
Das nossas conquistas
Tampouco das nossas religiões
Deuses ou Filhos
Afinal...
Assassinamos uns aos outros
Pelo doce prazer
De validar nossas ideologias
- Gerson De Rodrigues