Traça
Rói cada página
Do corpo amarelo,
Folheado em laudas
Apodrecidas nos umbrais
De curvas ressentidas.
O limiar da roedura
Devora as entranhas
Fétidas das noites mal
Dormidas, compondo
O pesadelo vivo do
Horror desejado.
Crava os dentes doentios
Que salivam pelo sangue
Da ceculose encadernada,
Mastigando o passado
Resistente em um presente
Inveterado e delinquente.