Poema - Ninfomanias e Paranóias
Poema – Ninfomanias e Paranóias
Eram seis e vinte cinco da manhã
Haviam se passado dois ou três dias
Os pássaros cantarolavam na varanda
Mais uma noite de insônia havia se passado
O meu pau pulsava de tesão
E a minha mente ecoava em paranóias
Naquele momento
Tudo que eu queria era foder
Ser dominado por bucetas molhadas
E gemidos insaciáveis;
Passo madrugadas inteiras
Chupando a sua buceta
Lambendo os seus pés
Sentindo a sua buceta contraindo
No meu pau
Enlouquecendo de tesão com os seus
Gemidos sonolentos
Enquanto o seu corpo escultural e submisso
Aos meus desejos saciava as minhas vontades
E ainda assim após horas incansáveis
eu não me sentia satisfeito
Era como uma maldição
Eu nunca estava satisfeito
Mas parte de mim estava
Saciado... Em êxtase
Ainda que o meu lado animalesco
Desejasse mais sexo do que algumas
Meretrizes pudessem oferecer
E quando o sexo acabava
A madrugada já havia se passado
Os pássaros já estavam cantando
E neste particular momento
Nasciam as paranóias
Junto ao sol que viria para iluminar
A vida de muitos ao meu redor
Para mim ele era como uma penumbra
Um pesadelo interminável...
Como se eu estivesse em um ciclo sem fim
De orgasmos e suicídios
As paranoias eram vulgares e cruéis
Atingiam a parte mais frágil do meu ser
Elas me conheciam, mais do que eu mesmo
Traumas de infância
Relacionamentos tóxicos
E acima de tudo, a maldita depressão
E aquele desejo insaciável pelo suicídio
Quase que como um Fetish
O suicídio para mim era um desejo
Uma loucura da qual no ápice da minha
Insanidade eu desejasse mais do que
A própria vida...
Durante o dia eu estava anestesiado
Cansado pelas noites mal dormidas
Desejando sexo como um lunático
Acometido de paranóias
Que viriam me acompanhar
Até o final do dia
O vício em Sexo
As paranóias e a depressão
As Poesias nas pontas do dedo
E o grunge ensurdecendo meus ouvidos
Aquele homem insano
Não podia ser curado das suas doenças
Mas aprendia todos os dias
Como domesticar os seus demônios.
- Gerson De Rodrigues