Relance
Curva o olhar oblíquo
Na dança das pupilas
Moribundas, que
Secam o sumo
Negro do chorume
Ocular.
Dardeja as têmporas
No eco cardíaco
Excitado.
Qual razão diluída
Pelas trincheiras
Rugosas da pele estirada.
Cada dardo ocular
Injeta uma angústia
Que azeda o paladar.
Fome temperada
De vácuos consumidos.
Sepulta o céu nas trevas
De um baixar de pálpebras.