Relance

Curva o olhar oblíquo

Na dança das pupilas

Moribundas, que

Secam o sumo

Negro do chorume

Ocular.

Dardeja as têmporas

No eco cardíaco

Excitado.

Qual razão diluída

Pelas trincheiras

Rugosas da pele estirada.

Cada dardo ocular

Injeta uma angústia

Que azeda o paladar.

Fome temperada

De vácuos consumidos.

Sepulta o céu nas trevas

De um baixar de pálpebras.

Bruno Azevedo
Enviado por Bruno Azevedo em 21/06/2022
Código do texto: T7542370
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