Andrajos

Nos percalços de

Pergaminhos dilacerados,

O gosto de traça na

Língua fria, envolve

O hálito de ontem

No desgosto do agora.

Vibra o corpo descarnado

Que sangra pelos poros

Feridos e desfalece a

Falta de consciência

Aprisionada no crânio

Esmagado.

No arrastar sitiante de

Pousada doentia, o desejo

Se faz lúgubre e insensato,

Maquinando o início de um

Fim.

Bruno Azevedo
Enviado por Bruno Azevedo em 14/06/2022
Código do texto: T7537405
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