Pano

Sobre o rosto

Pranteado em

Sorriso roto,

A face desfalece

Frente ao trânsito

Das brumas verdejantes.

Pinga o soro das hortaliças

Feridas em sangue

Como lágrimas vampirescas

Infertilizando o chão de barro.

Serpentea o rastro pastado

Por pés esfolados na

Travessura das pedras

Pontiagudas que fazem

Ponte do plano pisado.

Sussurra diante da surra

Dos fortes ventos e sua

Aroma de mato molhado.

Bruno Azevedo
Enviado por Bruno Azevedo em 23/04/2022
Código do texto: T7501180
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