Desvelar

Desvelar o novelo

É desvê-lo nas sobras

De linhas sombrias

Soltas nas pegadas

Do movimento.

Vela o traço roto

Espiralando no

Vórtice da produção

De desejo.

Cabe o traço no

Ponto cego à ponto

De acelerar uma reta

Que tangencia a curva

Dobrada em vela.

Destraçar a escrita

Para a imagem romper

A crisálida da fonte e

Borboletear desgrafias.

Bruno Azevedo
Enviado por Bruno Azevedo em 13/04/2022
Reeditado em 13/04/2022
Código do texto: T7494488
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