Percepção
Na angústia das
Rugas faço o tempo
Sofrer.
O odor do porta-
Retrato escorre um
Recado de seiva
Imagética.
A madeira olha
Através das cores
Da estante de livros
Em uma boca quadrada
E desdentada.
Bebo do vento das traças
Para suicidar em baixas
Alturas.
Um quase pende do fio
De cabelo que suspende
O entardecer diluído nas
Sombras claras das folhas
Mal traçadas.
No ciclo o círculo se move
Para não se mover.
Morre-se de imóveis por
Inércia de torcer.
Cada último foi sempre o
Primeiro que não parou
De começar para findar
Sem amanhecer.