Insinuante

No rosto-tela

A distância viva

Da janela em

Espera.

Entrecruzando

Gestos incompletos

Que destoam em

Afetos insurretos.

Pela doçura das

Mímicas em trajetos

Decompostos,

Trazendo a experiência

Real que antecede o limite

Do toque, a desintegração

De cada braço sem abraço.

Neste olhar oculto,

A sombra de um desejo

Insurgente, em composição

Por relação, como a fome

Dos vivos, sempre

Insaciável.

Como o K das histórias de

Kafka, que é tudo que está posto,

Mas muito além do presumido,

Já que é lógica de sentidos.

Bruno Azevedo
Enviado por Bruno Azevedo em 06/02/2022
Código do texto: T7446132
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