Pétalas
Pelo olhar pétreo
As pétalas
Despetalam feito
Lâminas suaves.
Corta a carne
Lânguida dos dias
Comuns e arrasta
A sombra que o sol
Ignorou.
A dança baila na
Tempestade poeirenta
Como silfides intempestivas.
Abre um botão que
Engole o mundo no
Absurdo germinado.
Buraco negro que curva
Flor e Outrem, na
Dobra eterna do
Devir a ser.