Rasgo

O musgo lodoso

Se integra a erva

Podre do riacho

Seco.

Andarilho maltrapilho

Que trança as pernas

No entrecruzar de gestos

Repetidos, medindo a

Distância dos instantes

Reprimidos.

Cala a calha entupida

Pelo acúmulo dos restos

Embrutecidos no alto

Sem Paraíso.

O rasgo da luz oblíqua

Se insuna feito fenda

De um vestido desnudo.

Bruno Azevedo
Enviado por Bruno Azevedo em 28/12/2021
Código do texto: T7416876
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