Árvore

De braços

Esticados,

Com seus

Galhos Secos,

Expõe sua forma

De pouca sombra.

Sem ninhos,

Apenas o

Contorno triste

Que insiste na

Paisagem deserta.

As raízes despregadas

Arrastam feito um rabo

Inútil, carregando as

Falsas certezas.

Ainda goteja sangue

De um dos cortes

Abertos, enquanto

O corpo tomba

Sobre si mesmo.

O fruto é esse corte

Que se repete em

Cada um à sua maneira.

As folhas que ficaram

Pelo caminho, agora

Secam, como um

Tapete de inverno.

Bruno Azevedo
Enviado por Bruno Azevedo em 01/08/2021
Código do texto: T7311672
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